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quarta-feira, 17 de maio de 2017

Do Individualismo como Modo de Subjetivação Contemporâneo: 17 Maio 2017

A Coordenação do Projeto CLINAMEN: Seminário Permanente de Filosofia, em conjunto com a Coordenação do Curso de Filosofia, convidam a toda Comunidade Acadêmica para participarem de mais uma sessão do Projeto.

O tema abordado será:


Do Individualismo como Modo de Subjetivação Contemporâneo
Com o Professor-pesquisador João Bittencourt (ICS/UFAL)
A palestra ocorrerá no dia 17/05/2017, na Sala 06, no Miniauditório de Filosofia, das 18:00h às 19:00h.

Resumo:
Uma das grandes discussões travadas atualmente pelas Ciências Sociais diz respeito ao surgimento de uma nova fase do individualismo, marcada por forte privatização, erosão das identidades, bem como por uma desestabilização acelerada das personalidades. Lipovetsky (1983), por exemplo, refere-se a uma nova instauração da autonomia, em que o imaginário rigorista da liberdade desapareceu, dando lugar a novos valores que visam a permitir o desenvolvimento da personalidade íntima. O “individualismo burguês”, que compreendia uma separação clara entre o público e o privado expressado em textos clássicos como O declínio do homem público de Richard Sennett, passa a dar lugar aos poucos a um modelo subjetivo que seria pautado por uma exteriorização do self. Nas palavras de Ortega (2010) a ideia de indivíduos habitados por um espaço interno, por uma biografia, vem mudando consideravelmente e, cada vez mais, passamos a definir aspectos de nossa subjetividade a partir de termos corporais e biomédicos. O desenvolvimento da sociedade do consumo (Baudrillard, 2008), e a expansão de uma cultura do narcisismo (Lasch, 1983) também aparecem como sintomas desse processo de individualização contemporâneo. Diante desse cenário que se apresenta apocalíptico, é importante nos perguntar: é possível construir modos de vida alternativos à personalidade narcísica e consumista? Podemos falar de autonomia (Castoriadis, 1982) ou de uma estetização da vida (Foucault, 1985) em nossos dias atuais? Sem querer oferecer respostas ou modelos a essas indagações, essa exposição tem como objetivo problematizar aspectos importantes da contemporaneidade que impactam diretamente nossos mundos subjetivos.

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