A coordenação do Clinamen
– Seminário Permanente de Filosofia – convida toda a comunidade acadêmica para
prestigiar a palestra O Sensível Partilhado: Diálogos entre a Política e o Espetáculo na Filosofia Estética de Jacques Rancière, a
ser ministrada pelo Professor de Filosofia do Instituto
Federal de Alagoas Moreno Baêta
Neves Barbé na 3ª-feira, dia 22 de outubro, a partir das 18 horas, no
Auditório do Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (ICHCA).
Currículo Lattes do Palestrante:
Resumo da Palestra:
Em La partage du sensible (2000), Jacques Rancière define o campo
estético a partir do conceito partilha do
sensível, que constitui um sistema de ordenamento dos
lugares e dos recortes das experiências realizadas pela comunidade. Para o
filósofo, a dimensão estética antes de pertencer propriamente ao conjunto de
trabalhos e atos artísticos, se efetiva na divisão/participação/separação do
sensível que é comum ao sócius,
enquanto expressão política e resultante do conflito permanente das decisões coletivas.
É a partir dessa estética primeira que se
pode colocar a questão das “práticas estéticas”, no sentido em que entendemos, isto é, como formas de visibilidade das
práticas da arte, dos lugares que ocupam, do que “fazem” no que diz respeito ao
comum (A partilha do sensível, p.17). Nesta perspectiva, os sistemas e os
fazeres artísticos, agenciados pela narrativa de Rancière, serão aqui compreendidos
em três principais linhas, que estabelecem: seu regime ético de questionamento
da fabricação das imagens, de suas origens e as suas finalidades; o regime
poético ou representativo do universo das artes; e o regime estético que é
instaurado pelo campo das belas artes, enquanto categoria que determina as
produções efetivamente artísticas. O diálogo proposto terá como meta apresentar
as principais análises construídas por Rancière sobre a arte e o seu
envolvimento com a política. Nesta abordagem emergem como plano de fundo as
experiências contemporâneas do espetáculo, que descortinam a comunidade como
ação conformadora e de separação das potências emancipadoras do ser-político.
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